sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

CURIOSIDADES SOBRE O TEMPO DO NATAL



 Quem inventou a árvore de Natal? O inventor da árvore de Natal foi São Bonifácio, o apóstolo dos germanos ou evangelizador da Alemanha. Ele nasceu na Inglaterra em 672 e faleceu martirizado em 5 de junho de 754. Seu nome religioso, em latim Bonifacius, quer dizer “aquele que faz o bem”, e retoma o mesmo significado do seu nome saxão Wynfrith. Em 718 ele esteve em Roma e o Papa Gregório II enviou-o à Alemanha, com a missão de reorganizar a Igreja. Por cinco anos ele evangelizou territórios que hoje fazem parte dos estados alemães de Hessen e Turíngia. Em 722, foi feito bispo dos territórios da Germânia e, um ano depois, inventou a árvore de Natal, causando um certo impacto no meio ambiente germânico.
Quando surgiu a árvore de Natal? Sem maiores preocupações ambientais ou com costumes locais, em 723 São Bonifácio derrubou um enorme carvalho dedicado ao deus Thor, perto da atual cidade de Fritzlar, na Alemanha. Para convencer o povo e os druidas de que não era uma árvore sagrada, ele abateu-a. Esse acontecimento é considerado o início formal da cristianização da Alemanha. Algum dia estudarão o impacto ambiental da evangelização: na queda o carvalho destruiu tudo que ali se encontrava, menos um pequeno pinheiro. Segundo a tradição, Bonifácio interpretou esse fato casual como um milagre. Era o período do Advento e, como ele pregava sobre o Natal, declarou: “Doravante, nós chamaremos esta árvore de Árvore do Menino Jesus”. O costume de plantar pequenos pinheiros para celebrar o nascimento de Jesus começou e estendeu-se pela Alemanha e de lá para o mundo, dizem.
Quem inventou o presépio? Foi São Francisco de Assis quem armou o primeiro presépio da história, na noite de Natal de 1223, na localidade de Greccio, lá na Itália. Ele é o inventor do presépio, mas nunca cobrou direitos autorais, nem de propriedade intelectual. São Francisco de Assis quis celebrar o Natal da forma mais realista possível e, com a permissão do papa, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos. Nesse cenário, foi celebrada a missa de Natal. O costume espalhou-se pela Europa e de lá pelo mundo. A Igreja Católica considera um bom costume cristão armar presépios no período do Natal em igrejas, casas e até em praças e locais públicos.
De onde vem a fama do Papai Noel? De um escritor. Quem deu força à lenda de papai Noel foi Clemente C. Moore, um professor de literatura grega em Nova Iorque, com o poema “Uma visita de São Nicolau”, escrito para seus seis filhos em 1822. Moore divulgou a versão de que ele viajava num trenó puxado por renas e ajudou a popularizar outras características, como o fato de ele entrar pela chaminé. A explicação da chaminé vem da Finlândia, uma das fontes de inspiração do poema. Os antigos lapões viviam em pequenas tendas, como iglus, cobertas com pele de rena. A entrada era um buraco no telhado. De personagem real da Turquia, o Papai Noel imaginário passou a vir do Polo Norte.
Quem desenhou as roupas do Papai Noel? Um cartunista. A última e mais importante característica incluída na figura do Papai Noel é sua roupa vermelha e branca. Antigamente, ele vestia-se como bispo ou usava cores próximas do marrom, com uma coroa de azevinhos na cabeça ou nas mãos. Mas não havia um padrão. Seu visual atual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's Weeklys, em 1886, numa edição especial de Natal. Em alguns lugares na Europa e no Canadá ele ainda é representado com os paramentos eclesiásticos de bispo e, ao invés do gorrinho vermelho, tem uma mitra episcopal. [Estes textos são parte do primeiro capítulo do livro “Guia de Curiosidades Católicas - Causos, costumes, festanças e símbolos escondidos no seu calendário” de Evaristo Eduardo de Miranda, que acaba de ser publicado

pela Editora Vozes]

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