O formato de livro como conhecemos hoje, o chamado códice, não é e
nunca foi o único existente. Antes dessa encadernação de capa e páginas
montadas em sequência, houve outras formas. Atualmente, também há
novidades, como o áudio-livro e o livro eletrônico (ebook).
Os primeiros livros foram criados pelo povo sumério, quando este
começou a escrever em tabletes de argila, por volta do ano 3.200 a.C. na
Mesopotâmia, atual Iraque. O conteúdo, naquela época, era composto por
leis, assuntos administrativos e religiosos, lendas e até poesia.
"A característica fundamental de um livro é ser portátil. Por isso
não valem como livros as inscrições em rochas", explica Aníbal Bragança,
professor do Departamento de Estudos Culturais e Mídia da Universidade
Federal Fluminense e pesquisador em Produção Editorial.
Com o tempo, o livro ficou mais leve graças à descoberta de outros
materiais, como o papiro, obtido a partir de uma planta egípcia, e o
couro de animais, dos quais o produto mais conhecido é o pergaminho.
A região de Pérgamo (onde hoje é a Turquia) desenvolveu o pergaminho
por causa de uma proibição de importar papiro. Ela e Alexandria
disputavam o posto de possuidoras da maior biblioteca do mundo
conhecido. Para dificultar o crescimento da concorrente, o rei egípcio
Ptolomeu V proibiu a exportação do papiro para aquele local.
Nessa época, o formato comum era o rolo ou o volume, feito de folhas
de pergaminho coladas lado a lado. Essa colagem era depois enrolada em
dois bastões de madeira ou marfim. Assim, as pessoas poderiam ler o
pergaminho da mesma maneira como estavam acostumadas com o papiro, ou
seja, desenrolando de um lado e enrolando de outro.
O papel chegou à Europa trazido da China por mercadores árabes apenas
no século 12 e, mesmo com o novo suporte, os livros continuavam a ser
manuscritos, copiados por monges. O trabalho era cansativo e um exemplar
podia levar até mais de um ano para ficar pronto.
Isso só mudou na década de 1450, quando o alemão Gutemberg inventou a
prensa e os tipos móveis, o que trouxe rapidez à produção do livro. A
primeira obra impressa por ele foi a Bíblia.
Foi também este o primeiro livro que chegou ao Brasil, trazido pelos
colonizadores. "Depois disso, os jesuítas trouxeram obras para suas
missões e seus conventos, inclusive para ensinar e catequizar", diz o
professor Aníbal.
Como em todos os países, também havia censura em Portugal,
especialmente por parte da Igreja, e isso se refletia no Brasil. Assim,
os livros censurados só podiam circular por aqui de maneira clandestina.
Os outros entravam livremente, trazidos pelos colonizadores, pelos
brasileiros que iam estudar em Portugal e em outros países, e pelos
comerciantes.
No entanto, os livros só puderam ser feitos no Brasil a partir de
1808, quando a família Real portuguesa se mudou para cá e trouxe uma
máquina impressora. Antes disso, era crime ter uma tipografia no país. imagem da internet fonte[http://revistaescola.abril.com.br]
Tudo indica que foram os antigos fenícios, 600 anos antes de Cristo,
fervendo gordura de cabra com água e cinzas de madeira até obter uma
mistura pastosa. A moda logo se espalhou pelos países do Mediterrâneo e
chegou até a Grã-Bretanha. Foram os celtas, antigos habitantes das ilhas
britânicas, que o batizaram de saipo ( termo que deu origem à palavra
"sabão"). O sabão sólido, porém, só foi criado no século VII, quando os
árabes inventaram o chamado processo de saponificação, a partir da
fervura de uma mistura de soda cáustica, gordura animal e óleos
naturais. Durante a ocupação árabe da Península Ibérica, os espanhóis
aperfeiçoaram a invenção acrescentando azeite de oliva para perfumá-la.
Ainda na Idade Média, os maiores centros produtores de sabão eram as
cidades italianas de Gênova e Veneza, além de Marselha, na França. Na
Inglaterra, Bristol e Londres concentravam a fabricação do produto.
No restante da Europa, o sabão era praticamente desconhecido - tanto
que, quando a nobreza italiana, francesa ou inglesa presenteava
governantes de outras nações com uma caixinha de sabão, não esqueciam de
acrescentar uma descrição detalhada de seu uso. "Era um refinado artigo
de luxo, caro e raro até para os nobres", diz a historiadora Teresa de
Queiroz, da USP. O sabão só se tornou um produto do dia-a-dia a partir
do século XIX, quando começou a ser fabricado industrialmente,
barateando seu custo. Tornou-se tão popular que o químico alemão Justus
von Liebig declarou que a quantidade de sabão consumida por uma nação
era a melhor medida do seu grau de civilidade.
Cinco cidades em três países europeus concentravam a produção de sabão
na Idade Média. No resto do continente, o artigo ainda era praticamente
desconhecido fonte[mundoestranho.abril.com.br] imagem da internet