Conseqüências no Organismo
O estresse pode afetar o organismo de diversas formas e seus sintomas podem variar de pessoa para pessoa. Existe uma sensibilidade pessoal que reage quando enfrentamos um problema, e essa particularidade explica como lidamos com situações desafiadoras, decidindo enfrentá-las ou não.
Não são só situações ruins que nos deixam estressados. Todas as grandes mudanças que passamos na vida são situações estressantes, mesmo se elas forem boas e que esteja nos fazendo felizes.A necessidade de ajuste deixa o organismo preparado para "lutar ou fugir", aumentando a pressão arterial e e frequência cardíaca, e contraindo músculos e vasos sanguíneos. Na natureza esta adaptação é necessária visto que o animal precisa tomar uma decisão rápida de defesa ou ataque, mas em se tratando de seres humanos que convivem com diversas situações estressantes, esta reação pode ser prejudicial.
O excesso de estresse pode causar desde dores pelo corpo e queda de cabelo até sintomas sérios como hipertensão e problemas no coração.
O fato de um evento emocional como o estresse afetar o organismo se deve ao íntimo relacionamento entre o sistema imunológico (defesa), sistema nervoso (controle) e sistema endócrino (hormonal). Por isso um estresse intenso pode afetar qualquer um desses sistemas levando à diversidade dos sintomas do estresse.Sintomas Gerais
Aqui são apresentadas reações gerais, mas mais informações sobre como o estresse afeta o organismo e sobre a gravidade dos sintomas podem ser encontradas
Físicos Dores de cabeça Indigestão Dores musculares Insônia Indigestão Taquicardia Alergias Insônia Queda de cabelo Mudança de apetite Gastrite Dermatoses Esgotamento físico Psicológicos Apatia Memória fraca Tiques nervosos Isolamento e introspecção Sentimentos de perseguição Desmotivação Autoritarismo Irritabilidade Emotividade acentuada Ansiedade Curiosidades
Estresse
social pode matar
Pesquisadores
americanos descobriram que o estresse social pode dar início a um processo
de destruição do sistema imunológico, levando à morte. Esta foi a conclusão
de uma pesquisa feita com ratos, onde detectou-se que o estresse pode
estimular à inflamações perigosas. A descoberta, de acordo com os pesquisadores,
pode ser muito importante para os seres humanos.
Estresse diminui assiduidade no trabalho
Uma
pesquisa publicada na Grã-Bretanha mostra que o estresse está levando
os funcionários de empresas a faltarem cada vez mais ao trabalho. O estresse
é mais intenso entre pessoas na faixa etária de 35 a 44 anos. O problema
aumenta ainda mais entre pessoas que permanecem no mesmo emprego por muito
tempo. Os mais estressados estão nas profissões de enfermagem e no magistério.
O professor Cooper recomenda que os gerentes de empresas "elogiem e recompensem"
seus funcionários ao invés de puní-los, para que o estresse no ambiente
de trabalho diminua.
Estilo
de vida - Estresse
Uma
pesquisa divulgada pela Fundação Britânica para o Coração - British Heart
Foundation - mostra que o risco de doenças cardíacas é maior do que se
esperava para as mulheres que levam vida sedentária. O estresse no trabalho,
a depressão e a falta de alimentação adequada são os principais fatores
que levam a ataques cardíacos. As estatísticas da Fundação para o ano
2000 indicam que o estresse no trabalho - que afeta pelo menos um terço
dos homens e mulheres - e a depressão podem prejudicar o coração, mas
muita gente acaba piorando as coisas ao tentar buscar alívio. "Fumar,
consumir bebidas alcoólicas, alimentos gordurosos, passatempos como assistir
à TV, infelizmente são fatores de risco que podem aumentar maciçamente
o risco de problemas cardíacos", disse o Professor Andrew Stepped, indicado
pela Fundação Britânica do Coração para participar do estudo. Ficar se
apressando para ir ao trabalho no dia a dia não é o suficiente. Não é
que as pessoas têm que começar a jogar squash imediatamente. Ir à pé de
casa até a estação de trem e voltar de novo pra casa à pé pode dar às
pessoas a meia hora de exercício físico diário de que elas precisam",
disse uma porta-voz da British Heart Foundation.
Pesquisa
mostra que homens são mais predispostos ao estresse
Uma
pesquisa da Universidade de Cambridge mostra que homens podem ser naturalmente
mais predispostos ao stress, mesmo antes do nascimento.A pesquisa mostra
que a razão pode ser o maior índice do hormônio cortisona entre os homens
do que entre as mulheres.Cientistas examinaram os níveis do hormônio em
fetos de carneiros e verificaram que os níveis do cortisona são maiores
entre os machos do que entre as fêmeas. Eles acreditam que a descoberta,
apresentada no encontro anual da Sociedade de Endocrinologia britânica,
também pode ser aplicada aos seres humanos e pode explicar porque os dois
sexos reagem de forma diferente ao stress. "Há muito tempo nós sabemos
que homens e mulheres respondem de forma diferente a condições de stress",
explicou o chefe do estudo, doutor Dino Giussani. "Pensava-se que os motivos
eram ambientais, mas agora nós mostramos que essas diferenças são determinadas
desde o nascimento", afirmou. O estudo com carneiros mostrou que os machos
tinham o dobro de cortisona do que as fêmeas. "Este trabalho também mostra
que o sexo masculino pode ser mais predisposto do que o feminino a reagir
de forma exagerada a condições de stress mais tarde", disse. Giussani
disse que o estudo vai agora continuar com fetos humanos.
Estresse
no trabalho, dor nas costas
Uma
rotina de trabalho estressante pode ser a causa da dor nas costas de muita
gente. Um estudo da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos,
mostra que as pessoas estressadas acabam usando os músculos errados na
hora de pegar alguns objetos. Se essa pessoa for levantar algo pesado,
pode acabar com uma dor nas costas. Além disso, os pesquisadores acreditam
que algumas pessoas com certos tipos de personalidade têm maior tendência
a dores nas costas. Esse é o caso das pessoas mais introvertidas - descoberta
que deixou intrigados os cientistas.
Estresse e cafezinho
Tomar muito café prejudica a produtividade no trabalho, de acordo com uma pesquisa encomendada por uma fábrica de água mineral.Segundo os pesquisadores, o consumo de 3,5 xícaras de café acarreta lapsos de concentração e ajuda a aumentar o stress. Os resultados da pesquisa também condenam o excesso de chá, que, de acordo com os pesquisadores contratados pela fabricante de água mineral Volvic, produz efeito similar aos do café por meio do aumento do nível de cafeína no organismo. A pesquisa foi feita com mil pessoas que trabalham em escritórios. Desse total, 76% disse que tomava café, chá ou refrigerantes que contêm cafeína pelo menos três vezes por dia.
Estresse
e cocaína
Estudos
realizados nos últimos anos sobre a iniciação, manutenção e recaída no
uso de cocaína ou morfina demonstraram que o estresse é uma variável importante
nesse processo. No entanto, pesquisa realizada recentemente no Instituto
de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, conseguiu aprofundar a análise e
demonstrou que não é qualquer tipo de estresse que pode potencializar
o uso de drogas. A farmacêutica Ana Paula Natalini de Araujo defendeu
no ICB a tese Aspectos comportamentais e moleculares da sensibilização
cruzada entre estresse e cocaína. O objetivo do trabalho foi avaliar a
sensibilização cruzada entre estresse e cocaína, bem como os mecanismos
neurais envolvidos no processo. Utilizando ratos de laboratório, Ana Paula
trabalhou com dois grupos: um exposto ao que ela chama de estresse previsível
(EP) e outro exposto ao estresse imprevisível (EI). "O EP é aquele cujos
estímulos estressores são sempre os mesmos. Já no EI, há uma variação"
explica. Com isso, foi possível determinar como a dependência de cocaína
nesses animais diferencia-se pelo tipo de estresse vivido. "Desta forma,
percebemos como o EP aumenta os efeitos da droga", conta. O resultados
mostraram que somente os animas expostos ao EP aumentaram a locomoção
induzida pela cocaína se comparada à atividade dos animais controle (que
não receberam estresse). "Esse aumento da atividade locomotora é chamado
de sensibilização comportamental cruzada entre estresse e cocaína", explica,
acrescentando que "isso sugere que o EP 'potencializou' os efeitos da
cocaína, ou seja, o desenvolvimento da sensibilização comportamental cruzada
entre o EP e cocaína indica que a exposição a ele aumenta a propensão
da vulnerabilidade ao abuso da cocaína".
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fonte [.epm.br]
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