Estudos da
Unilever demonstram a correlação entre a higienização das superfícies e a
redução na transmissão de infecções. “As mãos constituem a principal
via de transmissão de microrganismos, pois a pele é um reservatório
destes agentes infecciosos, que são transferidos de uma superfície para
outra, porém, lavar somente as mãos não é o suficiente. É importante
manter a sua casa higienizada, já que muitas doenças podem ser
contraídas em um simples toque da descarga ou em contato com uma esponja
de cozinha”, explica Dr. Gustavo Henrique Johanson, médico infectologista e professor da USP.Já na
cozinha, as bactérias se acumulam, por exemplo, por meio de produtos de
carne crua, na qual uma grande quantidade de bactérias fecais se
origina. Segundo pesquisa da companhia, a esponja ou pano de cozinha são
os objetos mais sujos deste ambiente. Existem cerca de 10 milhões de
bactérias por 2,54 centímetros quadrados em uma esponja, e um milhão em
um pano de prato. A especialista ainda alerta que é preciso tomar
cuidado ao lavar as louças ou limpar a casa com esponja. “Se uma esponja
for guardada debaixo da pia (um lugar úmido e escuro) provavelmente ela
armazenará muitas bactérias. Mais de 450 milhões de bactérias/gota”
aponta Johanson.
O infectologista ainda explica que os microrganismos mais comuns transmitidos pelo contato com superfícies sujas são: Escherichiacoli,
H1N1, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcusaureus, Pseudomonas
aeruginosa, Staphylococcus epidermis, Streptococcus pyogenes, que
estão relacionados com a transmissão de algumas doenças, tais como:
diarreia, infecção estomacal, gripe, infecções respiratória, infecção de
pele e dor de garganta. Ele explica que essas doenças podem evoluir
para um quadro mais delicado se não forem devidamente tratadas. “Por
isso é tão importante manter as mãos e superfícies limpas, pois ao
entrar em casa, automaticamente a pessoa pode carregar nas roupas e
sapatos diversos tipos de vírus e bactérias que podem se instalar no
chão ou nos móveis com um simples contato”.
Para evitar que essas contaminações aconteçam em casa,
especialistas prepararam dicas de como manter os ambientes devidamente
higienizados:
1- Vaso sanitário: Mesmo se não houver contato direto com o vaso
sanitário há outras maneiras que possibilitam a saída dos microrganismos do vaso. Quando a descarga é acionada ela produz
respingos, que em sua maioria ficam dentro do vaso, mas também produz
aerosóis – pingos muito finos que são dispersos no ar. Dessa forma, as
bactérias fecais permanecem por até 2h no ambiente. Os respingos
transferirão organismos para o assento e para a tampa, ao passo que
partículas de aerosol podem percorrer distâncias maiores e se fixar não
apenas no assento do toalete e na tampa, mas também em outras
superfícies do banheiro, como o botão da descarga, a torneira, a
maçaneta, além de superfícies de pia e banheira, ou até mesmo em itens
como escovas de dente. As pessoas podem recebê-los nas mãos e podem ser
infectadas por transferência direta da mão para a boca, pelo manejo ou
preparo de alimentos para o consumo.
Solução: A melhor prevenção é evitar o contato direto e lavar
muito bem as mãos após utilizar o vaso sanitário (ou tocar nele). Mesmo
assim os organismos podem ser transferidos às torneiras, por exemplo,
antes das mãos serem lavadas. No banheiro, a descarga deve ser acionada
apenas com a tampa do vaso fechada. Além disso, recomenda-se a limpeza
diária de pisos e azulejos, além de uma boa higiene das mãos, o que pode
evitar 80% dos casos de contaminação, explica a especialista.2 - Pia:
Pode parecer inofensiva, mas a pia do banheiro é um dos lugares mais
vulneráveis ao acúmulo de germes e bactérias, por conta das gotículas de
secreções expelidas durante a tosse, a escovação dos dentes e a umidade
do ambiente.
Solução: Jogue água fervente por toda a superfície. Na
sequência, com auxílio de um pano úmido aplique cloro em gel e deixe
agir por 5 minutos. Em seguida, utilize um pano seco para retirar o
excesso do produto ou enxágue.
3 – Chuveiro e Box: Em situações nas quais os chuveiros não são
devidamente limpos, existe um risco de que ele possa se tornar fonte de
bactérias, especialmente se a água parada se acumula no sistema quando o
chuveiro não for utilizado por um período. Também podem ser
transmitidas a outras pessoas por inalação de aerosóis gerados a partir
da água contaminada. As paredes e a cortina do boxe também fornecem
condições ideais para o crescimento de fungos que, ainda que não sejam
infecciosos, podem ser danosos com a liberação de esporos ou substâncias
que desencadeiem alergias respiratórias, como asma.
Solução: Para paredes e pisos do box dilua duas tampas de cloro
em gel em 1 litro de água e esfregue com uma esponja, lembrando de
limpar os cantinhos com uma escova. Enxague e seque com a ajuda do rodo e
um pano que não solte fios de tecido. Para garantir a desinfecção
deixar o produto puro atuar por 5 minutos ou diluído por 10 minutos.
4 - Maçanetas: Maçanetas de portas podem conter saliva, coliformes fecais e até mesmo vírus como o da gripe.
Solução: A limpeza com apenas um pano úmido e sabão remove apenas
a sujeira visível e, ainda, deixa alguns patógenos, que podem ser
suficiente para causar uma infecção. Nestas situações, aplique o cloro
em gel na maçaneta, deixando agir por 5 minutos. Em seguida, limpe com
pano úmido ou enxágue.
5- Chão: O chão também acumula resíduos da sujeira dos nossos
sapatos, o que o torna um ambiente propício à proliferação de germes
nocivos à saúde.
Solução: Para limpar e desinfetar dilua duas tampas em 1L de água. Em seguida, limpe com pano úmido ou enxágue. 6- Cantinho do pet:
Este é um dos lugares que mais acumulam germes. O chão pode conter
diversos tipos de germes que são prejudiciais ao ser humano. Além de
coliformes, os brinquedos dos pets também podem conter também fungos,
mofos e estafilococos.
Solução: Além de manter o chão limpo com cloro em gel que, devido
à sua consistência dura mais tempo no local, é imprescindível lavar as
mãos depois de brincar com o animal de estimação. É importante também
lavar os brinquedos dos animais uma vez por semana.
Segundo o médico infectologista do Hospital Santo Antônio, de Votorantim (SP), Dr. Alcides Poli,
lavar as mãos e as unhas adequadamente, com água e sabão, é ato
simples, que previne doença. O hábito elimina todos os micro-organismos
presentes, evitando a proliferação de diversos males, como: infecções
respiratórias, de ouvido e garganta, conjuntivites, diarreia, doenças de
pele e tantos outros. “As mãos são o principal veículo de transmissão
de micro-organismos de um indivíduo para outro e sua higienização
correta torna-se o principal meio de controle de infecções”, alerta.
Entretanto, aponta Dr. Poli, muitas pessoas não sabem lavar as mãos da
maneira correta, sem esfregar adequadamente todas as áreas,
esquecendo-se das unhas, dos dedos e dos punhos ou, simplesmente, só
lembrando-se de lavá-las durante o banho. O ideal, explica o médico, é
lavar as mãos, frequentemente, várias vezes ao dia, com água corrente e
sabão. “As bactérias são removidas por ação mecânica, ou seja, é
necessário esfregar as mãos. A espuma presente no sabonete também ajuda a
remover a gordura da pele, eliminando uma maior quantidade de
micro-organismos”, detalha.
Após lavar as mãos, o melhor é não colocar a mão limpa sobre a torneira
suja. “As bactérias que estavam na sua mão ao abrir a torneira,
alojaram-se na louça e, ao tocá-la, elas retornam para a sua mão. É
recomendado fechar a torneira, com a ajuda de um papel toalha”, fala o
especialista.
Outro erro comum é o uso de toalhas coletivas nos banheiros. De acordo
com Dr. Poli, elas se tornam um meio propício para a proliferação de
bactérias. “Não adianta apenas deixar a toalha exposta para secar, seja
no banheiro ou ao Sol, pois as bactérias continuarão alojadas ali, a
menos que sejam lavadas com água e sabão”, destaca.Álcool em gel
Presente nos estabelecimentos com grande fluxo de pessoas,
principalmente, após a incidência de casos da gripe HN-1, o álcool em
gel também é um importante aliado para a higienização das mãos. “O
álcool em gel pode ajudar a esterilizar as mãos, entretanto, não
substitui a água e o sabão. O álcool é para uma emergência, mas devemos
continuar lavando as mãos, com frequência, sempre antes de comer, ao
sair do banheiro e ao sentir que as elas estão sujas”, enfatiza o
especialista e complementa: “No decorrer do dia, colocamos as mãos em
diversos objetos sujos como: dinheiro, maçanetas, apoios, transporte
público, entre outros, por isso devemos redobrar a atenção com a higiene
das mãos”, finaliza fonte [http://sentirbem.uol.com.br]imagem reproduzida da internet
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