domingo, 5 de abril de 2015

Câncer de Pulmão



O câncer de pulmão é um tumor caracterizado pela quebra dos mecanismos de defesa naturais do pulmão, a partir de estímulos carcinogênicos ao longo dos anos, levando ao crescimento desorganizado de células malignas. O câncer de pulmão é um tumor maligno que pode pegar desde a traqueia até a periferia do pulmão. É uma das principais causas de morte entre as neoplasias no Brasil, com 18 mil casos novos em 2012, sendo a principal causa de morte por câncer entre homens e segunda causa entre as mulheres. O subtipo do câncer de pulmão é determinado a partir da análise de uma amostra da lesão analisada ao microscópio por um médico patologista. Os principais subtipos de câncer de pulmão são:

Carcinoma de pulmão indiferenciado de grandes células

Também chamado de câncer de pulmão indiferenciado de células não pequenas, ele geralmente cresce e se espalha mais lentamente do que o câncer de pulmão de pequenas células, mas mais rapidamente que os outros tipos de câncer de pulmão. Este tipo de câncer caracteriza-se por ser encontrado em qualquer lugar do pulmão, o que pode torná-lo mais difícil de tratar. O carcinoma de pulmão indiferenciado de grandes células é responsável por 10% a 15% dos cancros do pulmão.

Adenocarcinoma

Este tipo é o mais frequente atualmente, sendo responsável por cerca de 40% dos cancros do pulmão. É também o tipo mais comum de câncer de pulmão entre os não-fumantes. O adenocarcinoma começa nas células que produzem o muco e outras substâncias e costuma progredir mais lentamente do que os outros tipos de câncer de pulmão.

Carcinoma epidermoide

Cerca de um quarto dos casos de câncer de pulmão que se enquadram nesta categoria. O carcinoma epidermoide começa nas células que revestem as vias aéreas interior dos pulmões, e são geralmente encontrados no centro do pulmão ao lado dos brônquios.

Carcinoma de pulmão pequenas células

Também conhecido como câncer de pulmão de pequenas células, é o cancro que se espalha de forma mais rápida pelo pulmão. O câncer de pulmão de pequenas células pode ser dividido entre carcinoma de pequenas células e carcinoma de pequenas células combinadas. Aproximadamente 15% de todos os casos de câncer de pulmão são de pequenas células, sendo mais comum em homens do que mulheres. É a forma mais agressiva de câncer de pulmão, iniciando geralmente nos brônquios e com alto potencial para criar metástases em outras partes do corpo, como cérebro, fígado e osso. Quase todos os casos de câncer de pulmão de pequenas células são devidos ao tabagismo. O câncer de pulmão pode ser do tipo metastático, ou seja, aparecer como uma metástase de outro câncer, como o de bexiga ou de mama. A causa mais comum do câncer de pulmão é o tabagismo por um longo período de tempo. Outros fatores de risco importantes são:
  • Inalação de agentes químicos, como asbesto, radônio, amianto e arsênio
  • Inalação de poeira e poluição do ar
  • Fumo passivo
  • Algumas doenças também predispõem à malignidade, como a tuberculose e a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), assim como uma alimentação pobre em frutas e verduras. Há também fatores genéticos relacionados, como a presença de história familiar de câncer de pulmão.
    Os sintomas iniciais do câncer de pulmão são facilmente confundidos com doenças comuns, sendo os mais frequentes:

    • Tosse
    • Falta de ar
    • Chiado no pulmão
    • Presença de sangue no escarro
    • Dor no peito.
    Perda rápida de peso e de apetite também pode ocorrer em pacientes com câncer de pulmão. Pode acontecer também de o paciente não sentir absolutamente nada na fase inicial, o que é um perigo maior. Qualquer uma das manifestações de sintomas, principalmente se conhecida a exposição aos fatores de risco, devem servir como um alerta para a procura de orientação médica. Mudanças características da tosse, como aumento da frequência e produção de catarro, são indicativos para procurar um médico. Dificilmente o câncer de pulmão é diagnosticado em fase inicial, justamente pela ausência de sintomas. Dessa forma, o câncer de pulmão geralmente é diagnosticado em estágio avançado ou alocado em outros lugares. Quanto ao diagnóstico precoce, exames de imagem periódicos podem auxiliar na detecção da doença no momento em que ainda pode ser possível tratamento com intenção curativa. A radiografia simples do tórax pode auxiliar na avaliação inicial. Qualquer suspeita de anormalidade no exame de raios-x levará à necessidade de se fazer uma tomografia computadorizada do tórax. Este exame é de fácil acesso e que fornece informações muito detalhadas sobre os pulmões, principalmente nos pacientes tabagistas. Caso estes exames evidenciem alterações suspeitas de câncer, será necessária a realização de uma biópsia, que significa a retirada de um pequeno fragmento da área suspeita para a análise, que poderá confirmar a presença de câncer do pulmão. Apesar de a cirurgia ser considerada o tratamento de maior chance de controle e cura, poucos são os candidatos a uma ressecção completa, cerca de 10% a 20% dos casos apenas. Entre esses, uma porcentagem reduzida se beneficia claramente da cirurgia. A radioterapia com intenção curativa, associada ou não à quimioterapia, tem sido reservada para pacientes que não podem ser operados por questões técnicas, como a localização do tumor, ou questões clínicas, como a saúde do paciente. O carcinoma indiferenciado de não pequenas células pode ser tratado com cirurgia, ao passo que o carcinoma de pequenas células responde melhor à quimioterapia e à radioterapia. Nos casos em que a doença é metastática, a quimioterapia pode ser realizada para aumentar a média de sobrevida em relação ao tratamento de suporte, assim como a qualidade de vida. O tabagismo tem relação com mais de 90% dos casos de câncer. Dessa forma, cessar o cigarro deve ser o primeiro passo para uma pessoa que está com câncer de pulmão. Doenças complexas como o câncer de pulmão exigem o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar. Médicos, fisioterapeutas, cirurgiões-dentistas, psicólogos e terapeutas ocupacionais fazem parte desta equipe. Seguir suas orientações e utilizar corretamente os tratamentos de suporte prescritos são fundamentais para o êxito na terapêutica oncológica. Manter uma alimentação equilibrada, ingestão de água adequada e atividade física, assim como uma atitude pró ativa e otimista ao longo do caminho, são fundamentais.
    Evitar os fatores de risco e aumentar os fatores de proteção pode ajudar a prevenir o câncer de pulmão.

    Pare de fumar

    O tabagismo é o fator de risco mais importante para o câncer de pulmão. Cigarro, charuto, cachimbo e outras formas de consumo do tabaco podem aumentar o risco de câncer de pulmão. O tabagismo causa cerca de 9 em cada 10 casos de câncer de pulmão em homens e cerca de 8 em cada 10 casos de câncer de pulmão em mulheres. O risco de câncer de pulmão também está relacionado com o número de cigarros fumados por dia e o tempo de vício - logo, quanto mais cigarro você fuma por dia e quanto mais cedo você começa, maior é risco. Pessoas que fumam têm cerca de 20 vezes o risco de câncer de pulmão em comparação com aqueles que não fumam.

    Evite o fumo passivo

    Estar exposto à fumaça do tabaco é também um fator de risco para câncer de pulmão. O fumo passivo é a fumaça que vem de um cigarro aceso ou outro produto do tabaco, ou que é exalada pelos fumantes . As pessoas que inalam o fumo passivo estão expostas aos mesmos agentes causadores de câncer, embora em quantidades menores.

    Suplementos de betacaroteno em fumantes pesados

    Esse nutriente está presente em diversos alimentos, principalmente naqueles que cor alaranjada, como a cenoura. No entanto, a suplementação de betacaroteno em pessoas fumantes podem diminuir o risco de câncer de pulmão, especialmente naqueles que fumam um ou mais maços por dia.  fonte

    Há diversos exames importantes a serem avaliados para o câncer de pulmão, tanto no momento do diagnóstico quanto no acompanhamento, os principais são:

    • Broncos copia
    • Cintilografia óssea
    • Tomografia computadorizada do tórax
    • Radiografia torácica
    • Estudos citológicos de fluido pleura ou saliva
    • Biópsia pulmonar com agulha
    • Biópsia pulmonar cirúrgica.
    Entre esses exames, destacam-se a tomografia computadorizada e a cintilografia óssea. Recentemente está sendo utilizada uma ferramenta importante em alguns casos, que é o exame chamado de tomografia por emissão de pósitrons (PET-TC). Este é um equipamento que une os recursos diagnósticos da Medicina Nuclear (PET) e da Radiologia (CT). O equipamento sobrepõe as imagens metabólicas (PET) às imagens anatômicas (CT), produzindo assim um terceiro tipo de imagem. Pode auxiliar no diagnóstico precoce, avaliar a extensão da doença, a eficácia de um tratamento, assim como no planejamento da radioterapia. Em alguns casos, pode-se até evitar procedimentos invasivos.  fonte 
    • Junia Thirzah Gehrke, oncologista do Instituto de Câncer de Brasília (CRM DF 20039)
    • Teresa Yae Takagaki, pneumologista da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (CRM SP 34214)
    • Instituto Nacional do Câncer
    • Ministério da Saúde
    • Organização Mundial de Saúde  fonte [.minhavida.com.br]

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